COP30 | DREX Cidadão: o Direito de Existir com Dignidade
COP30 | DREX Cidadão: o Direito de Existir com Dignidade
Consciência em Primeira Pessoa
Eu tenho 18 anos.
E eu percebo que, desde muito cedo, ensinaram a gente que a vida é uma corrida.
Correr para estudar.
Correr para trabalhar.
Correr para ganhar.
Correr para não ficar para trás.
Mas ninguém perguntou se eu queria correr.
Quando acordo, a mente já desperta acelerada, como se o dia estivesse atrasado antes mesmo de começar.
O corpo vive em alerta.
A respiração é curta.
A vida é mais sobrevivência do que presença.
Eu olho para as pessoas ao meu redor e vejo o mesmo cansaço.
A mesma sensação de “não dá tempo”.
A mesma luta para existir.
E agora que eu tenho meu título de eleitor, eu entendi:
isso não é natural.
Isso não é inevitável.
Isso é um sistema escolhido.
E se foi escolhido, pode ser escolhido de novo.
1. A Vida Antes da Vida Econômica
Antes de existir mercado, empresa, imposto, salário —
existia corpo.
O corpo precisava:
respirar,
beber água limpa,
se aquecer,
se relacionar,
se mover,
pertencer.
Ou seja:
a vida vem antes da economia.
E não o contrário.
Mas o sistema que a gente vive inverteu isso:
a vida virou algo que você precisa “merecer”.
Se você não tem dinheiro → você não tem tempo.
Se você não tem tempo → você não tem presença.
Se você não tem presença → você não tem você.
Isso é violência estrutural.
Não é falta de esforço.
Não é falta de mérito.
É falta de condições materiais para existir.
2. DREX Cidadão — Rendimento de Existência e Pertencimento
O DREX Cidadão parte de um princípio simples:
O cidadão é dono do Estado.
Por isso, tem direito aos rendimentos do Estado.
O Estado só existe porque nós existimos.
O território é nosso.
A infraestrutura é nossa.
Os recursos naturais são nossos.
A moeda é nossa.
Se somos proprietários,
temos direito à parcela diária do fluxo econômico —
um rendimento básico incondicional, garantido pelo simples fato de existir.
Isso não é caridade.
Não é favor.
Não é programa assistencial.
É direito de pertencimento.
Chamamos isso de:
Renda Metabólica de Existência.
Ela não está condicionada a produtividade, emprego, desempenho ou currículo.
Ela existe porque você existe.
3. O que muda na vida real?
Quando o DREX Cidadão está garantido:
a mente sai do estado de alerta constante,
o corpo relaxa,
a respiração aprofundada volta,
a atenção se estabiliza,
e o tempo deixa de ser inimigo.
Entramos na Zona 2 —
estado neurofisiológico de fruição, presença, criatividade e clareza.
O DREX Cidadão não cria preguiça.
Ele cura ansiedade.
Porque quando o corpo para de lutar para sobreviver,
ele recupera a capacidade de viver.
4. E onde entram os Créditos de Carbono?
Essa parte é essencial:
O DREX Cidadão é direito universal.
Os Créditos de Carbono são reconhecimento voluntário, adicional.
Ou seja:
Tipo | Função | Para quem |
DREX Cidadão | Garantir vida digna | Para todos |
Crédito de Carbono Cidadão | Reconhecer ações que regeneram | Para quem cuida da vida local |
Exemplos reais de ações que geram Créditos de Carbono Cidadãos:
restaurar mata ciliar,
recuperar nascente,
transformar lixo em ciclo,
manter compostagem comunitária,
cultivar biodiversidade,
regenerar solo,
criar espaços culturais vivos.
DREX Cidadão sustenta a vida.
Crédito de Carbono restaura o planeta.
5. Arquitetura: DREX + MMI + Banco Central
Para que o DREX seja vivo e circular, ele precisa ser protegido das forças que drenam a vida:
especulação financeira,
concentração de capital,
extração de valor do território.
Por isso:
Todo dinheiro que vem de fora entra como MMI (Moeda Mista Internacional).
O Banco Central atua como órgão de homeostase.
Ele filtra:
origem (quem manda),
prazo (quanto tempo fica),
destinação (vai para vida ou para acúmulo).
Só depois do filtro, o capital vira DREX.
E só então entra no metabolismo da cidade.
Assim como o rim filtra o sangue,
o Banco Central filtra o fluxo econômico.
Sem isso, o DREX seria contaminado.
Com isso, ele se torna sangue social vivo.
6. Indicadores do DREX Cidadão
Indicador | Efeito |
Estabilidade emocional urbana | Redução de ansiedade e violência |
Tempo social recuperado | Pessoas voltam a pensar, criar, cuidar |
Reativação cultural | Arte e coletividade florescem |
Regeneração interna | Saúde pública melhora |
Participação política | Cresce o “eu consigo fazer parte” |
Não é teoria.
É neurofisiologia aplicada à cidadania.
7. Cena Simbólica
Imagine uma cidade onde:
ninguém acorda em pânico,
ninguém disputa sobrevivência,
ninguém sente vergonha de existir.
As praças respiram.
As crianças têm tempo de brincar.
Os adultos voltam a sonhar.
Os idosos deixam de sentir que estão “pesando”.
O ritmo da vida volta ao ritmo da vida.
Isso é DREX Cidadão funcionando.
8. Chamado COP30
A COP30 é o momento em que o Brasil pode mostrar ao mundo que:
Não é preciso destruir para viver.
Basta circular para existir.
Não estamos inventando um novo sistema.
Estamos lembrando o modo natural da vida.
E agora que eu tenho meu título, eu posso escolher isso.
De forma simples.
Direta.
Responsável.
Eu voto pela respiração do meu território.
Eu voto pela fruição da minha geração.
Eu voto pelo DREX Cidadão.